O Maior Fracasso da Marvel: Realizadora Culpa a “Falta de um Argumento Sólido”

A história do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM) é repleta de sucessos, mas, inevitavelmente, também de fracassos. O maior da franquia ocorreu há dois anos, com a chegada de The Marvels (2023) às salas de cinema. A sequela de Capitão Marvel (2019), protagonizada por Brie Larson, Iman Vellani e Teyonah Parrish, arrecadou apenas 206,1 milhões de dólares em todo o mundo e não conseguiu conquistar a crítica. Até à data, representa o ponto mais baixo na história do UCM, e a sua realizadora, Nia DaCosta, tem uma ideia clara do que correu mal.
Uma Experiência de Aprendizagem Dolorosa
Numa recente entrevista, Nia DaCosta comparou a sua experiência na rodagem do novo 28 Anos Depois: The Bone Temple com os seus projetos anteriores, revelando as frustrações que sentiu. “Fazer a sequela de 28 Anos Depois foi uma das melhores experiências que já tive no cinema”, afirmou ao The Hollywood Reporter. “Um dos problemas que enfrentei com Candyman e The Marvels foi a falta de um argumento realmente sólido, o que invariavelmente causa estragos em todo o processo.”
A realizadora explicou que a versão de The Marvels que chegou aos cinemas era muito diferente da que ela filmou inicialmente. “Eles tinham uma data de estreia definida e estavam a preparar certas coisas, e uma pessoa tem de se entregar de corpo e alma ao processo”, comentou. “A forma como produzem esses filmes é muito diferente da maneira como, idealmente, eu faria um filme. Tive de confiar na máquina e esperar o melhor. Desta vez, o melhor não aconteceu.”
Apesar do resultado, DaCosta encara a situação como uma fase de crescimento profissional. “Chegou a um ponto em que percebi: ‘Ok, este não vai ser o filme que eu apresentei, nem sequer a primeira versão do filme que rodei’. Foi uma experiência e uma curva de aprendizagem que, na verdade, te torna mais forte como cineasta, em termos da tua capacidade de adaptação.”
Um Novo Desafio no Universo dos Infetados
O contraste com o seu novo projeto não podia ser maior. DaCosta juntou-se à saga de zombies iniciada por Danny Boyle, com um argumento de Alex Garland, o mesmo autor do filme original, 28 Dias Depois (2003). “O Alex Garland entrega-te um argumento e pensas: ‘Isto é incrível’. Não precisas de o alterar”, elogiou a realizadora. No entanto, ela admitiu ter feito uma sugestão importante para evitar críticas passadas sobre a falta de ação. “Pedi mais infetados. Essa foi a minha grande contribuição”, revelou.
Neste novo filme, DaCosta garante ter tido um controlo criativo significativo. “Herdei um elenco incrível e depois deram-me liberdade para escolher os restantes atores. Herdei um par de locais de filmagem e tive liberdade para desenvolver todos os outros. Colaborei um pouco com o Danny [Boyle] na estética, mas, no final de contas, a forma como ele filma é muito diferente da minha”, explicou.
O Futuro da Saga e o Regresso Mais Esperado
A nova fase da saga, produzida pela Sony Pictures, promete resolver várias pontas soltas deixadas pelos filmes anteriores. A narrativa irá explorar arcos como o do grupo liderado pela personagem de Jack O’Connell e a misteriosa torre de ossos erguida pela personagem de Ralph Fiennes. O elenco do próximo filme contará com o regresso de Aaron Taylor-Johnson e Jack O’Connell.
No entanto, o maior atrativo para os fãs é a confirmação de que Cillian Murphy regressará ao papel de Jim, que o catapultou para a fama. O realizador Danny Boyle confirmou a participação do ator no novo filme. “Ele está no segundo. Não devia revelar muito… Vão matar-me”, disse Boyle à IGN. Com todos estes elementos, a expectativa para o filme, com estreia marcada para 16 de janeiro de 2026, está mais viva (e infetada) do que nunca.